Vinho novo na Páscoa: Renovar e Aprofundar a Aliança
Tendo em conta que os dias de confinamento ainda vão manter-se, quem sabe até quando; tendo em conta que a Páscoa é o centro em redor do qual gira toda a nossa vida de discípulos missionários de Cristo, sempre em conversão; e tendo ainda em conta que a Quaresma é o tempo 'oportuno e favorável' para nos deixarmos converter e renovarmos a nossa fidelidade batismal, vamos aproveitar as novas formas de comunicação para propor 5 Encontros para aprofundar e alargar o conceito de Aliança, em sintonia com a Dinâmica diocesana que nos está proposta.
Acrescente-se apenas que ALIANÇA é a palavra/ideia chave de toda a História da Salvação.
Estes encontros terão lugar à quarta-feira, pelas 21h30, via zoom, tendo início no próximo dia 24 de Fevereiro. Para assegurares a tua participação terás de te inscrever no seguinte formulário:
https://forms.gle/8uxAn8tqm3UsYL4h8
Podes, desde já, inscreveres-te em todos os encontros, ou então inscreveres-te, semana a semana, em cada um deles. Próximo da data de cada um dos encontros receberás, por email, o link de acesso ao mesmo.
Contamos contigo!
LECTIO DIVINA
A Quaresma - o caminho que nos faz chegar à Páscoa - é, antes de mais, a opção de fazer silêncio e escutar a Palavra de Deus: ela mesmo nos guia e ilumina e renova. A Fé nasce da escuta da Palavra que é Cristo.
Por isso, e na impossibilidade de o fazermos presencialmente na igreja, propomo-nos oferecer a Lectio Divina, às sextas-feiras, às 21:30 horas, via Zoom. A começar já na Sexta-feira depois das Cinzas, dia 19.
Para isso, será disponibilizado um link no site e no FB da paróquia, acessível a todos. É só carregar e entrar.
Tópico: Lectio Divina
Hora: 26 março 2021 pelas 21:30
Entrar na reunião Zoom
https://zoom.us/j/99729640652?pwd=dFc0UVB3OGJFZk5ESzBKdXZuZG9Zdz09
ID da reunião: 997 2964 0652
Senha de acesso: qrJuY1
ENCONTROS DE FORMAÇÃO
À quarta-feira, às 21:30 horas – via ZOOM – também estamos a fazer encontros de formação, tentando aprofundar, a partir da dinâmica diocesana, a questão da ALIANÇA. Mas, para aceder, é preciso fazer uma inscrição, no Site ou no FB, para depois receber, cada semana, o link.
Domingo de Páscoa
Bênção no Domingo de Páscoa
Esta oração pode fazer-se antes da principal refeição do Domingo de Páscoa, ou na hora em que a família costuma receber a Visita Pascal. Em ambas os casos sugerimos que a família se reúna em redor da mesa, festivamente adornada. No centro da mesa, a mãe acende a vela, sinal de Cristo Ressuscitado, Luz do mundo. A oração será guiada pelo pai ou pela mãe [= G.] e todos respondem [= R.]
G. O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia.
R. Glória e louvor a Cristo para sempre. Aleluia.
G. Senhor Jesus, Ressuscitado, que na Páscoa da nova Aliança reanimas a nossa esperança!
Nós te damos graças pelo tesouro que partilhas connosco: o teu Pai é também nosso Pai e somos todos irmãos.
Dá-nos a graça de vivermos cada vez mais como família de Deus, na alegria do amor fraterno.
Tu que vives e reinas com o Pai, no abraço eterno do Espírito Santo, pelos séculos dos séculos!
R. Amen.
Oração
Se vai seguir-se a refeição, o pai ou a mãe continuam:
G. Bendito sejas, Senhor Jesus, Ressuscitado, que te deste a conhecer aos discípulos ao partir o pão!
Fica connosco à mesa desta refeição familiar e dá-nos a bênção de te acolhermos como irmão na pessoa dos pobres e aflitos e de sermos um dia teus comensais no banquete da Páscoa eterna, no Teu Reino.
R. Amen.
No final da oração todos se benzem fazendo o sinal da cruz:
G. Bendigamos ao Senhor, aleluia, Aleluia.
R. Graças a Deus, aleluia, aleluia!
Noite de Páscoa
Esta é uma noite para não ficar em casa! É na Igreja e em Igreja que se celebra a mãe de todas as vigílias. Mas há sempre quem não possa ou quem não deva sair de casa. Poderá seguir alguma transmissão televisiva da Vigília e fazer seu próprio momento de oração. É para eles que se faz a presente proposta.
A mesa é o centro da Celebração: “Comemos a Páscoa do Senhor”. Sobre a mesa coloca-se a toalha dos dias especiais, os melhores talheres e louça e, na medida do possível, algum arranjo de flores a adorná-la: o melhor e mais belo que for possível.
Como na Igreja, começa-se no escuro ou em penumbra para experimentar a “Passagem” das trevas para a luz; da morte para a vida; do pecado para a graça.
Introdução
Diante da entrada da casa, com iluminação reduzida, a mãe segura na mão uma vela acesa que lembre o círio pascal.
O pai:
Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado:
celebremos a festa no Senhor!
Os esposos, ao mesmo tempo (Deut 6, 4-9)
Escuta, Israel:
O Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração,
com toda a tua alma e com todas as tuas forças.
As palavras que hoje te prescrevo
ficarão gravadas no teu coração.
Hás de recomendá-las a teus filhos e nelas meditarás,
quer estando sentado em casa quer andando pelos caminhos,
quando te deitas e quando te levantas.
Atá-los-ás, como símbolo, no teu braço e usá-los-ás como pendentes entre os teus olhos.
Escrevê-los-ás sobre as ombreiras da tua casa e nas tuas portas.
Todos: Amen, Amen, Amen.
O pai de família pode benzer a casa, pelo ministério que lhe compete por natureza na sua Igreja doméstica. Quem dispuser de água benta, pode aspergi-la nos quatro ângulos da casa.
O pai:
Abençoa, Senhor, a nossa casa para que seja um lugar de amor e de acolhimento. Olha para a nossa família para que nela reine a paz. Vela por cada um de nós para que caminhemos sempre na verdade e na caridade. Aceita o nosso trabalho para que nos obtenha o pão de cada dia e seja um serviço aos irmãos. Abençoa-nos a todos para que cheguemos ao teu Reino.
R. Amen.
Vai-se com a vela acesa para junto da mesa, ficando de pé em seu redor, até à proclamação da Ressurreição de Cristo, sempre à luz da vela ou com iluminação reduzida.
A mãe coloca a vela acesa no centro da mesa.
O pai: (De uma antiga homilia pascal, atribuída a S. Hipólito)
Eis que já resplandecem os raios sagrados da luz de Cristo;
Alvorecem os puros lumes do Espírito puro
e abrem-se de par em par os tesouros celestes de glória e divindade.
É devorada a noite escura e imensa;
a densa treva se dissolve
e a sombra triste da morte jaz vencida.
A vida expande-se sobre todas as coisas;
tudo está repleto de luz indefetível
e uma aurora perene ilumina a criação inteira.
Aquele que é anterior às estrelas e aos astros,
Cristo, imortal, grande, imenso,
resplandece sobre o universo mais que o sol.
Evangelho (Ano B) (Mc 16, 1-7)
«Ressuscitou e vai adiante de vós para a Galileia»
O Pai:
* Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Depois de passar o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamar Jesus. E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol. Diziam umas às outras: «Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?». Mas, olhando, viram que a pedra já fora revolvida; e era muito grande. Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado direito, vestido com uma túnica branca, e ficaram assustadas. Mas ele disse-lhes: «Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou: não está aqui. Vede o lugar onde O tinham depositado. Agora ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis, como vos disse».
Palavra da salvação.
R. Glória a Vós, Senhor!
Breve pausa de silêncio.
Proclamação da Páscoa
O Pai:
Cristo ressuscitou dos mortos. Aleluia, aleluia.
Todos:
Ressuscitou verdadeiramente. Aleluia. Aleluia.
Canta-se ou recita-se em conjunto o “Glória a Deus nas alturas”
Todos os familiares se saúdam entre si na paz e na alegria.
Acendem-se todas as luzes. Repica-se alguma campainha que haja em casa.
Pode cantar-se algum cântico conhecido, próprio desta quadra festiva. Por exemplo:
Cântico (CN 864): Ressuscitou!
1. Na sua dor os homens encontraram / Uma pura semente de alegria, O segredo da vida e da esperança: / Ressuscitou o Senhor Jesus!
Ressuscitou, ressuscitou, ressuscitou, aleluia!
Ressuscitou, ressuscitou, ressuscitou, aleluia!
Ou: Ressuscitou Jesus Salvador (CN 861)
Ou: Ó Pascoa gloriosa (CN 695)
Ou: …
Em seguida, rezam todos juntos o Credo Batismal (Símbolo dos Apóstolos):
Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
Todos se inclinam às palavras: que foi concebido ... nasceu da Virgem Maria.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Céus;
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo; na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos; na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne; na vida eterna.
Amen.
Oração do Pai Nosso
Pai: Rezemos juntos como Jesus nos ensinou:
Todos: Pai nosso…
Bênção da mesa:
O pai de família toma o pão nas mãos e parte-o.
Pai:
Bendito sejas, Senhor nosso Deus, Rei do universo,
que fizestes germinar o pão da terra.
Todos:
Bendito sejas, Senhor, pelos teus dons.
Pai:
Nós te damos graças, nosso Pai, pela vida e pela ciência que nos revelaste por Jesus, teu Servo. Glória a Ti pelos séculos!
Assim como este pão partido estava disperso pelos montes, e, depois de colhido se tornou um só, assim se reúna a tua Igreja dos confins da terra no teu reino. Pois tua é a glória e o poder por Jesus Cristo, pelos séculos.
Todos:
Faz-nos ditosos no anúncio da Páscoa e transforma em alegria as nossas penas.
Mãe:
Santa Maria, mulher da expectativa, dispensadora da misericórdia divina, obrigado por teres permanecido ao nosso lado na hora da provação.
Que o teu olhar maternal sempre vele sobre nós, cobre-nos com o teu manto e intercede por nós.
Todos: Amen.
Pai:
Abençoa, Senhor, a nossa família reunida à volta desta mesa na alegria pascal. Santifica-a e defende-a, fá-la fecunda no anúncio da Boa Nova ao mundo. Nós to pedimos por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amen.
Prossegue a refeição da noite de Páscoa
Conclusão no final da ceia
Agradecimento a Maria
Todos: Regina Coeli (CN 857)
Rainha do Céu, alegra-Te, Aleluia,
porque Aquele que trouxeste no teu ventre, Aleluia,
ressuscitou como disse. Aleluia.
Roga por nós a Deus. Aleluia.
V. Alegra-te e exulta, ó Virgem Maria, aleluia.
R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia.
Oremos.
Senhor, que encheste o mundo de alegria pela ressurreição do teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, faz que, pela intercessão da Virgem Maria, sua Mãe, alcancemos as alegrias da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amen.
Sábado Santo
De manhã
Dia de grande silêncio interior e exterior (vamos desligar a rádio e a televisão). Prepara-se a casa para a grande Vigília. São retirados todos os sinais da Paixão: há uma atmosfera deferente. Compete-nos a nós deixar viver a graça do Ressuscitado que transcende o tempo e as vicissitudes humanas. De manhã manteremos a atitude de espera, mas também de espanto perante o túmulo. Exprimi-lo-emos com alguns versículos do Cântico dos Cânticos e com a segunda leitura do Ofício de Sábado Santo.
Depois de retirar o crucifixo do canto da oração, a mãe acende uma vela diante da toalha branca que acabou de dobrar.
O pai de família (fazendo sobre si o sinal da cruz, juntamente com os demais familiares):
* Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amen.
Cântico dos Cânticos (Ct 3, 1-2)
A esposa procura o amado do seu coração
Todos:
No meu leito, toda a noite,
procurei aquele que o meu coração ama;
procurei-o e não o encontrei.
Vou levantar-me e dar voltas pela cidade:
pelas praças e pelas ruas,
procurarei aquele que o meu coração ama.
Procurei-o e não o encontrei.
Silêncio
Leitura de uma antiga homilia de Sábado Santo
A descida do Senhor ao reino dos mortos
Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos. Deus morreu segundo a carne e acordou a região dos mortos.
Vai à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Quer visitar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte. Vai libertar Adão do cativeiro da morte, Ele que é ao mesmo tempo seu Deus e seu Filho. Entrou o Salvador onde eles estavam, levando em suas mãos a arma vitoriosa da cruz. Quando Adão, nosso primeiro pai, O viu, batendo no peito, cheio de admiração, exclamou para todos os demais: «O meu Senhor esteja com todos». E Cristo respondeu a Adão: «E com o teu espírito». E tomando-o pela mão, levantou-o dizendo: «Desperta, tu que dormes; levanta- te de entre os mortos e Cristo te iluminará».
Eu sou o teu Deus que por ti Me fiz teu filho, por ti e por estes que nasceram de ti; agora digo e com todo o meu poder ordeno àqueles que estão na prisão: ‘Saí’; e aos que jazem nas trevas: ‘Vinde para a luz’; e aos que dormem: ‘Despertai’. «Eu te ordeno: Desperta, tu que dormes, porque Eu não te criei para que permaneças cativo no reino dos mortos. Levanta-te de entre os mortos; Eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, minha imagem e semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em Mim e Eu em ti, somos um só. «Por ti Eu, teu Deus, Me fiz teu filho; por ti Eu, o Senhor, tomei a tua condição de servo; por ti Eu, que habito no mais alto dos Céus, desci à terra e fui sepultado debaixo da terra; por ti, homem, Me fiz homem sem forças, abandonado entre os mortos; por ti, que saíste do jardim do paraíso, fui entregue aos judeus no jardim e no jardim fui crucificado.
«Vê no meu rosto os escarros que por ti suportei, para te restituir o sopro da vida original. Vê no meu rosto as bofetadas que suportei para restaurar à minha semelhança a tua imagem corrompida. «Vê no meu dorso os açoites que suportei, para te livrar do peso dos teus pecados. Vê as minhas mãos fortemente cravadas à árvore da cruz, por ti, que outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso. «Adormeci na cruz, e a lança penetrou no meu lado, por ti, que adormeceste no paraíso e formaste Eva do teu lado. O meu lado curou a dor do teu lado. O meu sono despertou-te do sono da morte. A minha lança susteve a lança que estava dirigida contra ti.
«Levanta-te, vamos daqui. O inimigo expulsou-te da terra do paraíso; Eu, porém, já não te coloco no paraíso, mas no trono celeste. Foste afastado da árvore, símbolo da vida; mas Eu, que sou a vida, estou agora junto de ti. Ordenei aos querubins que te guardassem como servo; agora ordeno aos querubins que te adorem como a Deus, embora não sejas Deus.
«Está preparado o trono dos querubins, prontos os mensageiros, construído o tálamo, preparado o banquete, adornadas as moradas e os tabernáculos eternos, abertos os tesouros, preparado para ti desde toda a eternidade o reino dos Céus».
Cântico dos Cânticos (Ct 2, 8-13)
O esposo procura a esposa
Eis a voz do meu amado!
Ei-lo que chega, correndo pelos montes, saltando sobre as colinas.
O meu amado é semelhante a um veado ou a um filhote de gazela.
Ei-lo que espera, por detrás do nosso muro, olhando pelas janelas, espreitando pelas frinchas.
Fala o meu amado e diz-me:
«Levanta-te! Anda, vem daí, ó minha bela amada!
Eis que o Inverno já passou, a chuva parou e foi-se embora;
despontam as flores na terra, chegou o tempo das canções, e a voz da rola já se ouve na nossa terra;
a figueira faz brotar os seus figos e as vinhas floridas exalam perfume.
Levanta-te! Anda, vem daí, ó minha bela amada!
Oração
Deus eterno e omnipotente: ao celebrarmos o mistério redentor do teu Filho Unigénito, que depois de ter descido à morada dos mortos saiu vitoriosamente do sepulcro, concede aos teus fiéis que, sepultados com Cristo no Batismo, também com Cristo ressuscitem para a vida eterna. Ele que é Deus e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos: Amen.
A oração termina em silêncio, sem bênção conclusiva.
Sexta-Feira Santa
Hoje é dia de jejum e abstinência.
Todos os membros da família que não tiverem impedimento deverão participar na celebração da Paixão do Senhor nas Igrejas principais.
Em horas diferentes, na medida do possível, poderão organizar a sua oração familiar que será complementar e nunca alternativa à celebração em comunidade. Há muitas modalidades possíveis para esse momento de oração familiar e cada família fará a sua escolha.
1. Oração da Via Sacra:
A família poderá sintonizar a emissão televisiva da Via Sacra com o Santo Padre, em Roma (ou outra) e acompanhá-la em atitude de oração.
Cada família pode rezar a sua própria Via Sacra servindo-se de excelentes textos disponíveis na INTERNET, por exemplo http://www.vatican.va/news_services/liturgy/documents/index_via-crucis_po.html. Tendo em conta as capacidades dos seus membros (crianças, doentes, pessoas mais idosas…), podem omitir-se algumas das 14 ou 15 estações .
2. Celebração da Paixão na Igreja Doméstica
Na hora combinada, prepara-se um canto da casa para a oração. Celebraremos a Paixão de Jesus e o gesto da “sepultura” numa atmosfera de compaixão, na expectativa da ressurreição.
No lugar escolhido, pôr na mesa uma toalha branca e colocar nela um belo crucifixo. Preparar também uma tigelinha ou taça com água misturada com perfume (essências ou o que se tiver em casa) para aspergir o sudário simbólico que envolverá Jesus morto.
Se a oração for durante o dia, convém estar em ambiente pouco iluminado, com as persianas descidas, à luz da vela, para reviver o sentido das trevas sobre a terra. No final, permanecer no Mistério, mantendo um clima de silêncio. Só na manhã de sábado é que se retirará o crucifixo do sudário para começar a preparar a Vigília da Ressurreição.
A mãe de família ou um filho acende uma vela diante do Crucifixo.
O pai de família (fazendo sobre si o sinal da cruz, juntamente com os demais familiares):
* Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amen.
G. Celebraste connosco, Senhor, uma aliança eterna.
R. Renovamos, hoje, o nosso sim!
Invocação (recitada alternadamente pela família, dividida em 2 grupos)
Refrão: Pai, em tuas mãos, entrego o meu espírito.
Em Ti, Senhor, me refugio, jamais serei confundido,
pela tua justiça, salva-me.
Em tuas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salva-me.
Tornei-me o escárnio dos meus inimigos,
o desprezo dos meus vizinhos
e o terror dos meus conhecidos:
todos evitam passar por mim.
Esqueceram-me como se fosse um morto,
tornei-me como um objeto abandonado.
Eu, porém, confio no Senhor:
Disse: «Tu és o meu Deus, nas tuas mãos está o meu destino».
Faz brilhar sobre mim a tua face,
salva-me pela tua bondade.
Tende coragem e animai-vos,
vós todos que esperais no Senhor.
Ou: Bendita e louvada seja a Paixão do Redentor (CN 241)
A leitura da Paixão do Senhor aqui proposta na forma breve, pode também fazer-se integralmente, conforme as circunstâncias de cada família.
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo [Forma breve ] Jo 18, 1-19,42
J = Pai de família [ou o progenitor que estiver presente]; N = outro membro da família
Estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe: J «Mulher, eis o teu filho». N Depois disse ao discípulo: J «Eis a tua Mãe». N E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa. Depois, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: J «Tenho sede». N Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou: J «Tudo está consumado». N E, inclinando a cabeça, expirou.
Ajoelha-se quem puder. Pausa de silêncio.
N Por ser a Preparação, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado, – era um grande dia aquele sábado – os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu é que dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis. Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado». Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram». Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu‑lho. José veio então tirar o corpo de Jesus. Veio também Nicodemos, aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus. Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em ligaduras juntamente com os perfumes, como é costume sepultar entre os Judeus. No local em que Jesus tinha sido crucificado, havia um jardim e, no jardim, um sepulcro novo, no qual ainda ninguém fora sepultado. Foi aí que, por causa da Preparação dos Judeus, porque o sepulcro ficava perto, depositaram Jesus.
Palavra da salvação.
Oração (cada intenção é proferida por um membro da família)
G. Rezemos ao Senhor dizendo:
Refrão: Senhor, Tu és a nossa força.
– Como Simão de Cirene ajudou que Jesus a carregar a cruz, saibamos ajudar aqueles que carregam a cruz do sofrimento, da dor ou da doença.
– Como Maria que acompanhou Jesus no caminho do Calvário e não O abandonou, saibamos estar presentes junto dos que sofrem.
– Como Jesus que acolheu a vontade do Pai e n’Ele confiou até ao fim, entregando-Lhe a Sua vida, saibamos viver em intimidade com Deus e confiar-Lhe a nossa vida.
G. Porque desejamos acolher o Deus que nos liberta nesta Celebração da Páscoa, rezemos:
Pai Nosso
* O pai toma o crucifixo nas mãos e dá-o a beijar aos presentes. Depois, depõe-no sobre a toalha branca e todos recitam alternadamente as seguintes aclamações.
1. Salve, ó Cruz, divisa do amor de Deus.
Salve, ó Cruz, misteriosa claridade do céu
2. Salve, ó Cruz, árvore da vida.
Salve, ó Cruz, madeiro da salvação.
3. Salve, ó Cruz, flagelo da morte.
Salve, ó Cruz, manancial de vida.
4. Salve, ó Cruz, ruína do pecado.
Salve, ó Cruz, estandarte da reconciliação.
5. Salve, ó Cruz, escândalo e loucura.
Salve, ó Cruz, fonte de justificação.
6. Salve, ó Cruz, eclipse da noite perversa.
Salve, ó Cruz, farol da luz verdadeira.
7. Salve, ó Cruz, aliança de Deus com os homens.
Salve, ó Cruz, vínculo dos homens com Deus.
8. Salve, ó Cruz, esperança da humanidade.
Salve, ó Cruz, segurança dos cristãos.
9. Salve, ó Cruz, vela da nossa barca.
Salve, ó Cruz, firme âncora dos fiéis.
10. Salve, ó Cruz, coluna da nossa fé.
Salve, ó Cruz, penhor da nossa coroa.
11. Salve, ó Cruz, insígnia do Redentor.
Salve, ó Cruz, sinal da nossa vitória.
Sepultura
Envolve-se o crucifixo na toalha que representa o “Sudário” sobre o qual cada um dos presentes aspergirá um pouco da água perfumada.
Tempo de silêncio
O Pai:
Derrama, ó Pai, a tua bênção sobre esta família que celebrou a morte do teu Filho na esperança da sua ressurreição; concede-lhe o perdão e o conforto, aumenta a sua fé e confirma-a na certeza da salvação eterna.
R. Ámen.
Quinta-Feira Santa
Preparação
Para recordar a Última Ceia, preparamos antecipadamente pão ázimo, com farinha e água (sem fermento).
Convém preparar também um jarro com água com a respetiva bacia, uma toalha e uma vela ou candeia que se deverá colocar no centro da mesa. A celebração familiar começa, precisamente, com a ceia (jantar).
A mesa deve estar posta – se possível com uma toalha, pratos e talheres de festa – porque a oração é seguida da refeição propriamente dita.
Em conformidade com a tradição judaica, a que Jesus pertencia, o pai de família, começará a oração e lerá o Evangelho. À esposa compete acender a vela ou candeia, gesto que nos recorda Maria que nos deu Jesus, a Luz do mundo. À imagem de Cristo Esposo, é o pai que lava os pés e parte o pão. A fração do pão ázimo para além de nos recordar o gesto de Jesus, educa-nos para a partilha, ainda que na simplicidade, com aquilo pouco que temos (eis a razão de ser ázimo).
Observação: estas sugestões são para adaptar à situação real de cada família: se só o pai ou só a mãe está em casa, será esse o progenitor a assumir as intervenções previstas para ambos, porventura partilhando-as com algum avô ou avó eventualmente presente… As pessoas que vivem sós ou que não têm com quem partilhar a oração, farão tudo por si, num ritmo sereno e sem pressa.
Abertura:
A mãe acende a vela ou candeia no centro da mesa. Entretanto, canta-se :
Cântico – “Cordeiro da nova Páscoa” (CN 558)
Refrão:
Jesus Cristo, ó Porta do Reino,
és o Cordeiro da nova Aliança.
Bendito sejas Jesus Cristo (bis),
ó Porta do Reino: és o Cordeiro da nova Páscoa!
Estrofe: Tu és o novo Moisés,
o libertador de todo o pecado;
és o mensageiro da nova Aliança:
és o Cordeiro da nova Páscoa!
Pode cantar-se outro cântico conhecido pela família, próprio desta quadra ou, simplesmente, em silêncio.
O pai de família (fazendo sobre si o sinal da cruz, juntamente com os demais familiares):
* Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amen.
Reunidos em família, nesta tarde/noite santa, recordamos a noite em que o nosso Salvador celebrou a última Ceia na qual, bendizendo o Pai, se Lhe ofereceu em sacrifício por nós e nos deixou a Eucaristia e o mandamento novo do amor.
O Pai:
* Leitura do santo Evangelho segundo São João (Jo 13, 1-15)
Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».
Palavra da salvação.
Lava-pés
* O pai de família lava primeiro os pés à esposa, a seguir aos filhos, em sinal de amor que é serviço e dedicação. A mãe enxuga com uma toalha. Começa o pai, figura de Cristo Esposo da sua Igreja Esposa.
* No caso de não haver filhos presentes, os esposos lavam-se os pés um ao outro, em sinal de amor que é serviço e dedicação recíproca. Começa o esposo, figura de Cristo Esposo da sua Igreja Esposa.
* Na ausência de um dos esposos, o que estiver presente lava os pés aos filhos.
* Havendo alguma dificuldade psicológica ou prática em fazer o lava-pés, faça-se, ao menos, um simples lava-mãos, mantendo o sinal do jarro e da bacia. Nesta época em que nos é recomendada a repetição constante do lavar das próprias mãos, desta vez lavaremos as mãos dos outros, não para os libertar do contágio da doença, mas assumindo a atitude e sentimentos de Cristo que nos veio lavar do egoísmo e nos manda amar, servir e dedicar a vida aos outros.
* As pessoas sós podem lavar as mãos invocando a misericórdia do Senhor que nos purificou com a sua gloriosa Paixão.
Entretanto, pode cantar-se:
Cântico: Onde há caridade e amor (CN 766)
Onde há caridade e amor, aí habita Deus.
1. Aqui nos reuniu o amor de Cristo:
alegremo-nos e n’ Ele rejubilemos.
Respeitemos amorosamente o nosso Deus
e amemo-nos na lealdade do coração.
2. Assim reunidos uns aos outros,
não nos separemos pela discórdia;
longe de nós dissensões e contendas:
esteja connosco o Senhor, Jesus Cristo.
3. E um dia, com teus santos, nós vejamos,
na glória o teu rosto, ó Cristo Deus!
Nossa dita será essa, imensa e pura
por toda a eternidade sem fim. Amen.
Ou (CN 854): Recebemos do Senhor um mandamento novo: Amemo-nos uns aos outros como Ele nos amou.
À mesa
O pai de família, depois de ter lavado as mãos, toma o pão ázimo e eleva-o na palma das mãos, pronunciando a oração de bênção:
Pai:
Bendito sejas, Senhor nosso Pai, que nesta ceia nos concedes entrar no Mistério da Páscoa do teu Filho. Este pão, repartido e partilhado em família, como sinal de comunhão, alimente em nós o desejo de receber sempre, na Eucaristia, a Jesus, Pão vivo repartido pelos irmãos, para com Ele formarmos um só Corpo, numa Aliança indestrutível. Bendito sejas para sempre!
Todos: Amen.
* O pai de família parte o pão em silêncio e reparte-o pelos seus familiares para que o comam.
Todos rezam juntos:
Senhor, Tu moras nas nossas casas, como em Nazaré: ensina-nos a perceber a tua Presença, mesmo nas horas da provação, e a acolher sempre o tempo favorável da tua graça. Abençoa esta mesa e confirma-nos no amor e no serviço mútuo.
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amen.
(Prossegue-se com a refeição em família).
No Getsémani
Preparação
Terminada a refeição, ou após o regresso da Igreja onde os membros da família se poderão demorar em oração silenciosa, no altar da Reposição (a seguir à celebração da Missa da Ceia do Senhor), eis o momento do Getsémani, uma “Hora Santa” diferente. Poderemos oferecer este outro momento de oração por quem está a sofrer a solidão, por motivo de doença, abandono ou outro. Como Jesus, no Jardim das Oliveiras, oremos ao Pai por todos os que estão em maior provação. Pode fazer-se também ao longo da noite, conforme a estrutura e as necessidades de cada família.
* A mãe ou um filho acende a vela ou uma candeia, diante de uma imagem de Jesus sofredor ou de um Crucifixo.
O pai de família (fazendo sobre si o sinal da cruz, juntamente com os demais familiares):
* Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amen.
Todos: (Do Salmo 117 (118), 5-8:)
5 Na tribulação invoquei o Senhor: *
Ele ouviu-me e pôs-me a salvo.
6 O Senhor é por mim, nada temo: *
que poderão fazer-me os homens?
7 O Senhor está comigo e ajuda-me: *
não olharei aos meus inimigos.
8 Mais vale refugiar-se no Senhor *
do que fiar-se nos homens.
Um membro da família lê uma passagem do profeta Isaías.
Leitura do Livro de Isaías
Is 49, 14-16
Sião dizia: «O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim». Poderá a mulher esquecer a criança que amamenta e não ter compaixão do filho das suas entranhas? Mas ainda que ela se esqueça, Eu não te esquecerei. Eis que Eu tatuei a tua imagem na palma das minhas mãos.
Palavra do Senhor. R. Graças a Deus!
Breve silêncio
Os membros da família dividem-se em dois grupos e rezam, alternadamente:
Salmo 26 (27), 7-14
7 Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica, *
tende compaixão de mim e atendei-me.
8 Diz-me o coração: *
«Procurai a sua face».
A vossa face, Senhor, eu procuro: *
9 não escondais de mim o vosso rosto,
nem afasteis com ira o vosso servo. *
Vós sois o meu refúgio.
Não me rejeites nem me abandoneis, *
ó Deus, meu Salvador.
10 Ainda que meu pai e minha mãe me abandonem, *
o Senhor me acolherá.
11 Mostrai-me, Senhor, o vosso caminho *
e conduzi-me por sendas planas, †
por causa dos meus inimigos.
12 Não me entregueis ao ódio dos meus adversários, *
pois contra mim se levantaram testemunhas falsas, †
que respiram violência.
13 Espero vir a contemplar a bondade do Senhor, *
na terra dos vivos.
14 Confia no Senhor, sê forte. *
Tem coragem e confia no Senhor.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo*
como era no princípio, agora e sempre. Amen.
ESCUTEMOS A PALAVRA DE DEUS
* Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos Mc 14, 32-42
Entretanto, chegaram a uma propriedade chamada Getsémani, e Jesus disse aos seus discípulos: «Ficai aqui, enquanto Eu vou orar». Tomou consigo Pedro, Tiago e João e começou a sentir pavor e angústia. Disse-lhes então: «A minha alma está numa tristeza de morte. Ficai aqui e vigiai». Adiantando-Se um pouco, caiu por terra e orou para que, se fosse possível, se afastasse d’Ele aquela hora. Jesus dizia: «Abá, Pai, tudo Te é possível: afasta de Mim este cálice. Contudo, não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres». Depois, foi ter com os discípulos, encontrou-os a dormir e disse a Pedro: «Simão, estás a dormir? Não pudeste vigiar uma hora? Vigiai e orai, para não entrardes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca». Afastou-Se de novo e orou, dizendo as mesmas palavras. Voltou novamente e encontrou-os a dormir, porque tinham os olhos pesados e não sabiam que responder. Jesus voltou pela terceira vez e disse-lhes: «Dormi agora e descansai... Chegou a hora: o Filho do homem vai ser entregue às mãos dos pecadores. Levantai-vos. Vamos. Já se aproxima aquele que Me vai entregar».
Palavra da salvação! R. Glória a Vós, Senhor!
Breve silêncio
Pai: (Oração de intercessão)
Oremos ao Pai de Misericórdia, para que nos livre de todo o mal.
Todos: Atende-nos, Senhor!
As preces que se seguem podem ser ditas alternadamente pelos vários membros da família.
– Pela Igreja, para que nunca se canse de anunciar Cristo Ressuscitado, Salvador e esperança do mundo. Oremos.
– Pelos responsáveis pelo bem comum, para que saibam cuidar das pessoas entregues à sua responsabilidade. Oremos.
– Pelos que investigam remédios e tratamentos adequados em prol da saúde e do bem físico dos irmãos. Oremos.
– Pelos que dão assistência aos necessitados arriscando, por vezes, a própria vida. Oremos.
– Pelos anciãos, os pobres, as pessoas mais frágeis e sós, para que ninguém se sinta abandonado ao desespero da solidão e do desânimo. Oremos.
– Pelas nossas famílias: que a luz de Cristo Jesus faça com que pais e filhos deem sempre uns aos outros amparo, escuta, amor e perdão. Oremos.
Oração conclusiva
Pai:
Deus, Pai Misericordioso, que no Teu Filho Jesus Cristo nos revelaste o Teu amor e no Espírito Santo Consolador o derramaste sobre nós, entregamos--Te hoje os destinos do mundo e de cada pessoa. Inclina-te sobre nós, pecadores, cura a nossa debilidade, derrota todos os males, faz com que todos os habitantes da terra experimentem a Tua misericórdia, para que em Ti, Deus uno e trino, encontrem sempre a fonte da esperança. Pai eterno, pela dolorosa Paixão e Ressurreição do Teu Filho, tem piedade de nós e do mundo inteiro.
Todos: Amen.
O Pai: Bendigamos ao Senhor.
Todos: Graças a Deus!
Domingo de Ramos da Paixão do Senhor
Antes ou depois da participação na Eucaristia deste Domingo, celebrada em comunidade na Igreja, a família pode reunir--se à volta da mesa, antes da refeição, ou junto do cantinho da oração. Para além da «arca do tesouro» que já nos é familiar, colocam-se nesse espaço uma imagem de Cristo crucificado, uma vela ou candeia para acender antes da proclamação do Evangelho e um vaso ou jarra com alguns ramos de oliveira, palmeira ou outra planta verde a colocar na mesa depois da introdu-ção à oração.
Cada família poderá adaptar o esquema conforme as necessidades.
A oração pode ser guiada pela mãe (G) ou pelo pai (G).
Pode começar-se com um cântico que seja conhecido, como Bendito, bendito o que vem… (CN 256); Glória, honra e louvor (CN 514).
G. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amen.
G. Hossana ao Filho de David. Bendito o que vem em nome do Senhor.
R. A Ele a honra e a glória para sempre.
G. Depois [antes] de termos feito memória da entrada de Jesus em Jerusalém em comunidade [paroquial], queremos aclamar a Cristo, em nossa casa e dirigir-lhe as nossas preces por nós, por aqueles a quem mais queremos e por toda a humanidade. Peçamos a graça de o seguir até à Cruz e à Ressurreição. A sua paixão mude o nosso coração e enriqueça a nossa vida com frutos de boas obras.
Um membro da família leva para a mesa o vaso/jarra com os ramos de oliveira, de palmeira ou de outras plantas verdes. Quem guia a celebração diz a seguinte oração:
G. Deus eterno e omnipotente: com um ramo de oliveira, anunciastes a Noé e aos seus filhos a misericórdia e a aliança com todas as criaturas; e, com ramos de árvores, quisestes que o vosso Filho Jesus fosse aclamado Messias, Rei de Paz, humilde e manso, vindo para cumprir a aliança definitiva:
Olhai para esta vossa família que deseja acolher com fé o Salvador e concedei-nos a graça de o seguir até à Cruz, para participar na sua Ressurreição.
Ele que vive e reina, pelos séculos dos séculos.
R. Amen
G. Rezemos juntos parte do Salmo 46 (47):
O Salmo pode ser cantado/recitado: por dois leitores alternando; ou por um leitor alternando com todos; ou, ainda, por um só leitor que lê as estrofes, repetindo todos o refrão.
R. Glória e louvor a Vós, Cristo Salvador!
2 Povos todos, batei palmas, *
aclamai a Deus com brados de alegria,
3 porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível, *
o Rei soberano de toda a terra.
6 Deus subiu entre aclamações, *
o Senhor subiu ao som da trombeta.
7 Cantai hinos a Deus, cantai, *
cantai hinos ao nosso Rei, cantai.
8 Deus é Rei do universo: *
cantai os hinos mais belos.
9 Deus reina sobre os povos, *
Deus está sentado no trono sagrado.
10 Reuniram-se os príncipes dos povos *
ao povo do Deus de Abraão.
Porque a Deus pertencem os poderes da terra, *
Ele está acima de todas as coisas.
Neste momento, a esposa ou um dos filhos pode acender a vela (candeia) e, logo a seguir, um dos pais proclama o Evangelho.
ESCUTEMOS A PALAVRA DE DEUS
* Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 11, 1-10)
Naquele tempo, ao aproximarem-se de Jerusalém, cerca de Betfagé e de Betânia, junto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos seus discípulos e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente e, logo à entrada, vereis um jumentinho preso, que ninguém montou ainda. Soltai-o e trazei-o. E se alguém perguntar porque fazeis isso, respondei: ‘O Senhor precisa dele, mas não tardará em mandá-lo de volta’». Eles partiram e encontraram um jumentinho, preso a uma porta, cá fora na rua, e soltaram-no. Alguns dos que ali estavam perguntaram-lhes: «Porque estais a desprender o jumentinho?». Responderam-lhes como Jesus tinha dito, e eles deixaram-nos ir. Levaram o jumentinho a Jesus, lançaram-lhe por cima as capas, e Jesus montou nele. Muitos estenderam as suas capas no caminho e outros, ramos de verdura, que tinham cortado nos campos. E tanto os que iam à frente como os que vinham atrás clamavam: «Hossana! Bendito O que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino do nosso pai David! Hossana nas alturas!».
Palavra da salvação.
R. Glória a Vós, Senhor!
Se for oportuno, as pessoas presentes dialogam sobre o Evangelho. Pode procurar responder-se a algumas perguntas:
– Porque um jumentinho?
– Porque razão se estendem ramos e capas para Jesus passar?
– Qual o sentido das aclamações feitas a Jesus?
– Jesus é mesmo o rei-messias de que o povo estava à espera ou estavam à espera de um messias diferente?
A VÓS SE ELEVA A NOSSA PRECE
G. Fixemos os olhos naquele que por nós foi trespassado
Todos Louvor e glória a Vós, Senhor Jesus!
Leitor
Senhor, vós ides à nossa frente todos os dias
e nós vos seguiremos, passo a passo.
Seja qual for o trilho, é maravilhoso caminhar convosco.
Todos Louvor e glória a Vós, Senhor Jesus!
Leitor
Senhor, a nossa boca balbucia o vosso Nome,
Vós inspirais cada palavra palavras e cada timbre.
Seja qual for a língua que vos canta, é maravilhoso louvar-vos e invocar-vos!
Todos Louvor e glória a Vós, Senhor Jesus!
Leitor
Senhor, a nossa mão está estendida diante de vós,
somos apenas mendigos do vosso amor.
Seja qual for o dom que nos dais, é maravilhoso recebê-lo de vós!
Todos Louvor e glória a Vós, Senhor Jesus!
G Deus eterno e omnipotente,
que nos ofereceste, como modelo,
Jesus Cristo vosso Filho e nosso Salvador,
feito homem e humilhado até à morte de Cruz,
concede-nos a graça de jamais esquecer a sua Paixão,
para participar na glória da ressurreição.
Ele que contigo e com o Espírito é o Deus amor,
no tempo que passa e na glória perene.
R. Amen
G. Agora, com os mesmos sentimentos de Jesus Cristo e unidos a Ele, tendo no coração os sofrimentos e as aspirações de toda a humanidade, rezemos:
T. Pai nosso…
INVOQUEMOS A BÊNÇÃO DO PAI
G. Pai de infinita bondade,
olha para a nossa família e para toda a humanidade:
Nosso Senhor Jesus Cristo,
que não hesitou em entregar-se nas mãos dos malvados
e sofrer o suplício da Cruz,
nos acompanhe com a sua misericórdia
e abra o nosso coração à esperança.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amen
Atividade
1. Retirar da arca o papiro que revela o tesouro que vamos valorizar ao longo da semana: a fidelidade.
2. Renovar o compromisso de viver a fidelidade em família e de pessoalmente e como família, sermos fiéis a Cristo e à sua Igreja.
3. Ornamentar a cruz com ramos verdes retirados da jarra ou vaso colocado na mesa; colocar um raminho na lapela ou no cabelo de cada um dos membros da família…
4. Colocar junto da Cruz o vaso onde germina a semente (cf. 1.º Domingo da Quaresma).
5. Combinar, em família, a participação nas várias celebrações do Tríduo Pascal.
Bênção
Se a oração se faz antes da refeição, pode terminar com esta Bênção:
G. Bendito sejas, Senhor nosso Deus, que reúnes os teus filhos como ramos de oliveira em redor da tua mesa. Guarda-nos na fidelidade ao teu amor, por Cristo, nosso Senhor.
Todos fazem o sinal da cruz, enquanto o/a Guia conclui:
G. Em nome do Pai…
Se a oração se faz noutros momentos, pode terminar com esta Bênção, dita pelo(a) Guia, enquanto todos se benzem, fazendo o sinal da cruz:
G. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Amen.
Louvavelmente, os pais abençoarão os filhos impondo a mão direita sobre as suas cabeças ou com outro gesto, segundo o costume. Os filhos, agradecidos, poderão beijar a mão de quem os abençoa.
5º Domingo da Quaresma
A família pode reunir-se à volta da mesa, antes da refeição, ou junto do cantinho da oração.
Abertura:
Cântico – “Se o grão de trigo não morrer na terra…”
Pode cantar-se outro cântico conhecido pela família, próprio desta quadra (ou que tenha por tema a família e a sua unidade).
Durante o canto ou o hino, o elemento mais novo da família, se já for capaz, acende uma vela.
Em seguida, todos fazem o sinal da cruz enquanto o/a Guia diz:
Introdução
G. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amen.
G. Celebrastes connosco, Senhor, uma aliança eterna.
R. Renovamos, hoje, o nosso sim!
Invocação (recitada alternadamente pela família, dividida em 2 grupos)
A – Se Deus está por nós, quem estará contra nós?
B – Como não havia Deus de nos dar, com Jesus, todas as coisas?
A – Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor.
B – Bendito sejais para sempre.
Leitura
G. Escutemos Deus que nos fala através do profeta Jeremias (Jer 31, 31-33)
Dias virão, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova. Não será como a aliança que firmei com os seus pais, no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egipto, aliança que eles violaram, embora Eu tivesse domínio sobre eles, diz o Senhor. Esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel, naqueles dias, diz o Senhor: Hei de imprimir a minha lei no íntimo da sua alma e gravá-la-ei no seu coração. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus!
Reflexão (facultativa). Os filhos perguntam e os pais respondem)
– Qual foi a primeira aliança de Deus com o Seu povo?
Foi a aliança do Sinai em que Deus entregou a Moisés as tábuas da Lei, com os dez Mandamentos, que são o roteiro que o povo devia seguir para ser fiel a Deus e viver na liberdade.
– Qual é a novidade da nova aliança que o profeta anuncia?
A lei da nova aliança será gravada no coração. Já não se trata uma mera obediência exterior a um conjunto de leis; o nosso próprio coração será cativado pela Lei do Amor e ser-nos-á espontâneo aderir com todo o nosso ser à vontade de Deus manifestada em Jesus.
– Que significa um aliança gravada no coração?
O coração é a sede dos sentimentos, dos pensamentos, dos projetos, das decisões e das ações do homem; é o centro do ser, onde cada pessoa dialoga consiga mesmo, toma decisões e assume responsabilidades.
Oração
G. Rezemos ao Senhor através dos Salmos (cf. Salmo 50/51), dizendo:
O seguinte Salmo pode recitar-se alternadamente entre os membros da família (por ex., de cada lado da mesa; pais e filhos, etc.); pode também ser lido por um dos presentes, participando todos com o refrão.
Refrão: Dá-me, Senhor, um coração puro.
Compadece-Te de mim, ó Deus, pela tua bondade,
pela tua grande misericórdia, apaga os meus pecados.
Lava-me de toda a iniquidade
e purifica-me de todas as faltas.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro
e faz nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queiras repelir-me da tua presença
e não retires de mim o teu espírito de santidade.
Dá-me de novo a alegria da tua salvação
e sustenta-me com espírito generoso.
Abre, Senhor, os meus lábios,
e a minha boca anunciará o teu louvor.
G. Transformados pelo Espírito e com o coração de filhos, rezemos a Deus, nosso Pai:
Pai Nosso…
Atividade
1. Retirar da arca o papiro que revela o tesouro que vamos valorizar ao longo da semana: o matrimónio
2. Escolher um objeto que simbolize o tesouro da semana e colocá-lo junto da arca, no cantinho da oração (propõe-se colocar as alianças do casamento ou um coração).
3. Semear sementes de trigo num vaso, a colocar junto da cruz.
Bênção
Se a oração se faz antes da refeição, pode terminar com esta Bênção
G. Bendito sejas, ó Pai que nos dás um sinal da tua aliança no amor abençoado que fez nascer e alimenta esta família. Que a refeição que vamos partilhar reforce os laços da nossa unidade e nos ajude a trabalhar por um mundo mais fraterno. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amen.
Todos fazem o sinal da cruz, enquanto o/a Guia conclui:
G. Em nome do Pai…
Se a oração se faz noutros momentos, pode terminar com esta Bênção, dita pelo(a) Guia, enquanto todos se benzem, fazendo o sinal da cruz:
G. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Amen.
Louvavelmente, os pais abençoarão os filhos impondo a mão direita sobre as suas cabeças ou com outro gesto, segundo o costume. Os filhos, agradecidos, poderão beijar a mão de quem os abençoa.
Celebração em família para o Dia do Pai
No dia 19 de Março, festa de S. José, pai adotivo de Jesus, o calendário convida a celebrar o Dia do Pai. Para enriquecer o momento dedicado ao pai com um espe-cial sentido, propõe-se para a família uma tempo de oração e de afetos.
No contexto da atual pandemia que per-turba as relações, será uma oportunidade para alimentar os laços familiares e cele-brar a alegria de termos um Pai que é Deus e que tem por nome “AMOR”.
Para tal, sugere-se que se inicie a “festa do pai” com oito dias de antecedência cheios de surpresas preparadas pelos filhos e pela mãe.
Preparar/viver a festa, ao longo de uma semana
Propor que na semana que antecede a festa se:
– prepare(m) as prendas (cada filho é convidado a criar a sua);
– cada filho escreva ao Pai uma carta que expresse o amor e a gratidão;
– se entregue todos os dias uma mensagem de amor ao pai:
sugere-se que a mesma seja escondida e se coloque nas pantufas/sapatos (…), se faça um enigma/coordenadas GPS para que o pai procure a mensagem…
Celebração para o dia 19 de março
Material:
– uma ou mais velas e flores (se possível);
– recipiente com umas gotas de água, um frasco de perfume e pequenos pedaços de algodão;
– prenda e carta dos filhos;
– guião da celebração/oração.
Sugere-se que:
– a celebração/oração/festa se realize antes do jantar, à volta da mesa;
– no centro da mesma, se coloque o recipiente com umas gotas de água, rodeado de flores e sobre elas pedaços de algodão (um para cada membro da família);
– sejam os filhos a orientar a celebração.
Guião da festa/celebração/oração/
Um gesto: para iniciar sugere-se que se acendam as velas.
Sinal cruz (todos juntos): Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
Oração introdutória: (Cada estrofe será rezada por um membro da família)
Todos: Deus que sois nosso Pai, mostrai-nos o vosso amor e salvai-nos
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a Sua glória habitará na nossa terra.
Momento de escuta da Palavra. Sugere-se que a introdução seja feita pela mãe e as citações lidas pelos filhos.
Neste momento em que celebramos o dia do Pai na festa de São José, pai adotivo de Jesus, recordamos Aquele que é PAI de todos nós, o nosso Criador. Escutamos as suas palavras através de várias citações bíblicas, em que Ele se dirige ao seu povo:
«Tu és o Meu eleito! Eu te busquei dos confins do mundo, Eu te chamei e te disse: Tu és Meu, Eu te escolhi...» (Is 41, 8-9)
«Eu sou o teu Deus: eu te fortaleço e te auxilio, Eu te sustento com a minha mão vitoriosa!» (Is 41, 10)
«Como uma águia protege a sua ninhada estendendo sobre ela as suas asas, assim o nosso Deus estendeu as suas asas, nos tomou e carregou sobre as suas penas…» (Dt 32, 11)
Diálogo. Sugere-se que as perguntas sejam feitas pelos filhos.
Pai, que pensamentos e sentimentos surgiram ao ouvires, no teu dia, estas palavras do nosso Deus – Um Deus que é teu Pai e tem por nome Amor?
Pai, qual foi a maior alegria que sentiste como pai e que hoje gostavas de agradecer a Deus?
Pai, qual foi a maior dificuldade que sentiste como pai e em que sentiste que Deus te protegeu, como uma águia protege os seus filhos?
Momento de oração: Sugere-se que a introdução seja feita pela mãe e a oração orientada pelos filhos.
Após termos falado do nosso pai e do Pai do céu, chegou o momento de rezarmos, de conversar com Ele, de O ouvir e lhe agradecer e suplicar. Convido a repetir a oração que o … (nome da/o filha/o)… vai fazer:
Pai, obrigado porque és nosso Pai e porque nos orientas e proteges.
(repetem todos)
Pai, obrigado pelo nosso pai e por tudo o que ele é e faz por nós.
(repetem todos)
Pai, obrigado pela nossa família e pelo amor que nos habita.
(repetem todos)
Cada qual é convidado a dizer espontaneamente obrigado ao Pai por algo de especial – dar um tempo de silêncio.
Pai, pedimos-Te que protejas o nosso pai e lhe dês sabedoria para nos educar.
(repetem todos)
Pai, cuida da nossa família… Cada qual é convidado a pedir algo ao Pai para a família…
Pai, cuida do nosso mundo… Cada é convidado a pedir algo ao Pai para o mundo…
Gesto simbólico (se a família assim desejar, poderá colocar uma música de fundo)
A mãe coloca umas gotas de perfume na água e seguidamente entrega os bocados de algodão ao pai, enquanto um filho lê:
Pai, esta água é símbolo da vida recebida do nosso Pai, que é Deus.
Pai, este perfume recorda a “unção que nos fez filhos de Deus” no batismo e recorda a presença invisível de Deus que atua na nossa vida de forma delicada, forte, misericordiosa, atenta e amante. O seu odor é o odor do Seu Amor, da Sua Bênção e da Sua Paz.
Pai, o algodão recorda algo que acolhe e se empapa de água e de perfume e os guarda. Cada um de nós o receberá para guardar este perfume e poder recordar este momento, nas horas mais dificeis da vida.
Convidar o pai a molhar um pouco o algodão na água perfumada, a fazer uma cruz sobre a testa de cada um e a entregar-lhe o algodão que será guardado…
No momento do gesto, o Pai molha parte do algodão, faz um sinal da cruz sobre a testa de cada filho e também da esposa dizendo:
«Que o nosso Deus, que é Pai, te abençoe, proteja e oriente a tua vida.»
Após o gesto, cada filho dá um abraço ao pai.
Para concluir este momento especial a família reza em uníssono:
«O Senhor nos abençoe e nos guarde! O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face e nos dê a sua sabedoria e a sua paz!» (Cf. Nm 6, 23-27)
Pai- nosso…
Oração a São José, que hoje festejamos, suplicando a sua intercessão
(Há 40 anos, que o Papa Francisco reza uma oração a São José. “Gosto de São José. Tem tanto poder! Há mais de 40 anos recito uma oração que encontrei num antigo missal francês que diz: São José ‘cujo poder sabe tornar possíveis coisas impossíveis’”.)
Glorioso Patriarca São José, cujo poder sabe tornar possíveis coisas impossíveis,
vem em minha ajuda nestes momentos de angústia e dificuldade.
Toma sob a tua proteção as situações tão graves e difíceis que te confio,
para que obtenham uma solução feliz.
Meu amado Pai, confio inteiramente em ti:
Que não se diga que eu te invoquei em vão.
E dado que, com Jesus e Maria, tudo podes,
mostra-me que a tua bondade
é tão grande como o teu poder. Amen.
São José, roga por mim que recorro a ti.
Entrega das mensagens e da prenda:
Cada filho entrega a carta e a prenda preparada para o pai ao longo da semana.
4º Domingo da Quaresma
A família pode reunir-se à volta da mesa, antes da refeição, ou junto do cantinho da oração.
Abertura:
Cântico – “Ressuscitaremos”
Das horas da recusa e da traição,
da verdade que aos outros ocultamos,
da mentira calada em nosso peito,
dos muros que entre nós fortificamos:
Refrão:
Ressuscitaremos, novos, do desastre.
Das horas em que fomos opressores,
das fronteiras que impusemos à verdade,
da violência contra os pobres do Teu Reino,
das horas em que não cantamos liberdade:
Ressuscitaremos, novos, do desastre.
Das ânsias de paz insatisfeitas,
e dos corpos esgotados pela fome,
do horror das cidades destruídas,
dos rostos onde a esperança não tem nome.
Ressuscitaremos, novos, do desastre.
Pode cantar-se outro cântico conhecido pela família, próprio desta quadra (ou que tenha por tema a família e a sua unidade).
Durante o canto, o elemento mais novo da família, se já for capaz, acende uma vela. Em seguida, todos fazem o sinal da cruz enquanto o/a Guia diz:
Introdução
G. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amen.
G. Celebrastes connosco, Senhor, uma aliança eterna.
R. Renovamos, hoje, o nosso sim!
SALMO
O seguinte Salmo (136/137) pode recitar-se alternadamente entre os membros da família (por ex., de cada lado da mesa; pais e filhos, etc.); pode também ser lido por um dos presentes, participando todos com o refrão.
Refrão: Se eu me não lembrar de ti, Jerusalém,
fique presa a minha língua.
Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros das suas margens,
dependurámos nossas harpas.
Aqueles que nos levaram cativos
queriam ouvir os nossos cânticos,
e os nossos opressores uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».
Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor
em terra estrangeira?
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
esquecida fique a minha mão direita.
Apegue-se-me a língua ao paladar,
se não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém
a maior das minhas alegrias.
G Escutemos agora a Leitura do Evangelho segundo São João (Jo 3, 14-17) (Sugere-se que para a leitura do Evangelho se coloque em destaque a CRUZ e cada pessoa tenha na sua mão uma pequena corda).
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
REFLEXÃO (facultativa). Os filhos perguntam e os pais respondem.
– Quando e porquê, elevou Moisés uma serpente no deserto?
O povo de Israel, liberto da escravidão, caminhava pelo deserto em direção à terra prometida. Cansado da caminhada começou a falar contra Deus e contra Moisés. Então o Senhor enviou serpentes venenosas e muita gente morreu em Israel. O Povo, reconhecendo o seu erro, implorou o perdão. Compadecido, Deus mandou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze e a suspendesse num poste. Quem fosse mordido pelas serpentes, se olhasse para a serpente de bronze ficava curado. (cf. Nm 21, 4-9).
– Porque é que Jesus disse: “também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna”?
Jesus aludia à cruz em que viria a ser “elevado” no Calvário. Todo aquele que olhar para Jesus, elevado na cruz, e acreditar n’Ele, reconhecendo o seu pecado e acolhendo o seu amor e o seu perdão, será salvo. O amor restaura a aliança quebrada pelo pecado.
– Como revela Deus o Seu amor “desmesurado” à humanidade?
Deus amou e ama de tal forma a humanidade que lhe enviou o seu Filho para a salvar com o dom da sua vida, entregue por amor, até à morte de cruz. Mediante esse sacrifício, firmou com a humanidade uma nova e definitiva aliança de misericórdia.
– Em que aspetos experimentamos o mal em cada um de nós e na família? Como podemos fazer para contemplar Jesus, na cruz, e acolhermos o seu perdão, o seu amor para sermos curados, salvos?...
…(convite ao diálogo)
SÚPLICA – MOMENTO PENITENCIAL
Após duas expressões de súplica todos respondem:
Pai, contemplando Jesus, acolhemos a tua misericórdia e o teu perdão…
– Senhor, quantas vezes nos esquecemos de ti e nos tornamos cúmplices da mentira e da violência!
R. Pai, contemplando Jesus, acolhemos a tua misericórdia e o teu perdão…
– Cristo, quantas vezes fomos infiéis à aliança que fizeste connosco e desfiguramos o rosto da tua Igreja a que pertencemos!
R. Pai, contemplando Jesus, acolhemos a tua misericórdia e o teu perdão…
– Senhor, vós nos criastes para fazer o bem e nos ressuscitais da morte do pecado!
R. Pai, contemplando Jesus, acolhemos a tua misericórdia e o teu perdão…
– Pode convidar-se cada membro da família a pedir perdão por algo em que possa ter magoado alguém.
Após a vivência do momento penitencial, cada membro da família é convidado a entregar a sua corda. Com as mesmas faz-se uma trança que será colocada à volta da cruz. Esta simboliza a reconciliação fruto do gesto de pedido de perdão e de amor que liga de novo a família, na comunhão do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
LOUVOR E GRATIDÃO
Cada membro da família é convidado a dirigir a Deus um louvor, um agradecimento porque nos deu seu Filho, Jesus que nos ama e nos leva para o Pai. Um Pai que é rico em misericórdia, e que, pela grande caridade com que nos amou, nos restitui à vida com Cristo.
Após duas expressões de gratidão todos respondem:
Pai, contemplando Jesus, expressamos a nossa gratidão.
– Senhor, damos-Te graças por Teu Filho Jesus e pelo seu amor por nós.
– Senhor, damos-Te graças por…
Convida-se cada membro da família a agradecer o perdão de Deus e o perdão dos irmãos; sugere-se que, após este momento, os membros da família se abracem (tendo em conta a situação da mesma e as restrições sanitárias).
G. Porque descobrimos na Cruz de Cristo que Deus é um Pai rico de misericórdia, invoquemo-lo com confiança na nossa caminhada rumo à Páscoa:
Pai Nosso…
Atividade
1. Construir uma trança/corda e, neste quarto domingo, retirar um papiro que revela o tesouro em que vamos valorizar, especialmente os «laços e as mãos», ao longo da semana.
2. Colocar a corda/trança junto da arca, no cantinho da oração.
3. Agendar um momento de oração para o dia 19, sexta-feira, solenidade de São José e Dia do Pai.
Bênção
Se a oração se faz antes da refeição, pode terminar com esta Bênção
G. Graças te damos, ó Pai, por estes alimentos e pelo perdão que recebemos de Ti e oferecemos uns aos outros. Que o Teu amor entrelaçado no nosso amor mútuo nos sacie e revigore todos os nossos irmãos. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amen.
Todos fazem o sinal da cruz, enquanto o/a Guia diz:
G. Em nome do Pai…
Se a oração se faz noutros momentos, pode terminar com esta Bênção, dita pelo(a) Guia, enquanto todos se benzem, fazendo o sinal da cruz:
G. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Amen.
Louvavelmente, os pais abençoarão os filhos impondo a mão direita sobre as suas cabeças ou com outro gesto, segundo o costume. Os filhos, agradecidos, poderão beijar a mão de quem os abençoa.
3º Domingo da Quaresma
A família pode reunir-se à volta da mesa, antes da refeição, ou junto do cantinho da oração.
Abertura:
Cântico – “Jesus Cristo, Amen (CN 558)
Refrão: Jesus Cristo, ó Porta do Reino, és o Cordeiro da nova Aliança. Bendito sejas Jesus Cristo (bis), ó Porta do Reino: és o Cordeiro da nova Páscoa!
Estrofe:
Tu és o novo Moisés,
o libertador de todo o pecado;
és o mensageiro da nova Aliança:
és o Cordeiro da nova Páscoa!
Pode cantar-se outro cântico conhecido pela família, próprio desta quadra (ou que tenha por tema a família e a sua unidade).
Em alternativa, um dos membros da família poderá declamar o hino que se segue que poderá também ser recitado por todos os presentes, divididos em dois grupos, alternando as estrofes:
Escutemos a voz que chama o povo
Para sair do Egipto do pecado
E seguindo o caminho do deserto
Acolhamos humildes a palavra.
Vamos todos guiados pela esperança,
Confiados no braço do Deus forte,
Entre as luzes e sombras do caminho
Que nos conduz à Terra Prometida.
No alto do Calvário a Cruz proclama
A nova lei do amor e da justiça:
O lado do Senhor está aberto
Como fonte perene de água viva.
Durante o canto ou o hino, o elemento mais novo da família, se já for capaz, acende uma vela. Em seguida, todos fazem o sinal da cruz enquanto o/a Guia diz:
Introdução
G. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amen.
G. Celebrastes connosco, Senhor, uma aliança eterna.
R. Renovamos, hoje, o nosso sim!
Invocação (recitada alternadamente pela família, dividida em 2 grupos)
A A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma;
B Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração;
A São mais preciosos que o ouro, o ouro mais fino;
B São mais doces que o mel, o puro mel dos favos.
Palavra de Deus
G. Escutemos Deus que nos fala no Livro do Êxodo (Ex 20, 1-3.7-8.12-17)
Naqueles dias, Deus pronunciou todas estas palavras:
«Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, dessa casa de escravidão. Não terás outros deuses perante Mim. Não invocarás em vão o nome do Senhor, teu Deus, porque o Senhor não deixa sem castigo aquele que invoca o seu nome em vão. Lembrar-te-ás do dia de sábado, para o santificares. Honra pai e mãe, a fim de prolongares os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te vai dar. Não matarás. Não cometerás adultério. Não furtarás. Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo; não desejarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo nem a sua serva, o seu boi ou o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença».
Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus!
Reflexão (facultativa). Os filhos perguntam e os pais respondem:
– Quando é que Deus deu ao seu povo os mandamentos?
Deus deu ao seu povo os mandamentos quando firmou com ele a aliança no Sinai. Podemos dizer que são as cláusulas de um pacto de amor que une em aliança Deus e o seu povo.
– Qual a razão de ser e finalidade dos mandamentos da Lei de Deus ?
Os mandamentos do decálogo são uma dádiva do amor de Deus que libertou o seu povo e não quer que ele volte a cair na escravidão. São um roteiro a seguir para se ser fiel a Deus e viver na liberdade.
– Será possível resumir ainda mais os mandamentos da Lei de Deus?
Os mandamentos resumem-se numa só palavra: amar. Amar a Deus sobre todas as coisas (os 3 primeiros mandamentos) e amar o próximo como a nós mesmos (os restantes).
Responsório Breve
G. Vós aproximastes-vos de Jesus, Mediador da Nova Aliança.
R. Não recuseis ouvir Aquele que vos fala.
G. Quem dera ouvísseis hoje a sua voz: Não endureçais os vossos corações.
R. Não recuseis ouvir Aquele que vos fala.
G. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!
R. Não recuseis ouvir Aquele que vos fala.
Intercessão e súplica
G. Apresentemos ao Pai a nossas súplicas.
Cada membro da família lê uma intenção e todos respondem: Ouvi-nos, Senhor!
1. Pelos servidores da paz e da justiça, para que sejam honestos, imparciais e verdadeiros e trabalhem pelo bem dos cidadãos, oremos.
R. Ouvi-nos, Senhor!
2. Pelos homens e mulheres de toda a terra, para que não matem, não roubem e não mintam, honrem os pais, amem o próximo e sejam justos, oremos.
R. Ouvi-nos, Senhor!
3. Pela nossa família e pelas nossas escolas, para que nos ajudem a crescer na Lei de Deus e no respeito pela dignidade humana, oremos.
G. Rezemos, confiantes, como Jesus nos ensinou:
Pai Nosso…
Atividade
1. Retirar da arca o papiro que revela o tesouro que vamos valorizar ao longo da semana: a educação.
2. Colocar junto da Cruz, no nosso cantinho da oração, algo que nos recorde a vida escolar (livro, mochila, caderno, diploma, etc.).
3. Durante a semana, rezar pelos professores dos membros do agregado familiar, vivos ou defuntos. Manifestar estima aos professores que acompanham os membros da família em idade escolar. Fazer uma chamada telefónica a um antigo professor...
4. Se possível, fazer uma visita ao Santíssimo Sacramento na Igreja Paroquial durante o tempo previsto para as «vinte e quatro horas para o Senhor (12 e 13 de março). Não sendo possível ou conveniente sair de casa nesses dias, fazer uma oração de louvor a Jesus, realmente
Bênção
Se a oração se faz antes da refeição, pode terminar com esta Bênção
G. Bendito sejas, Senhor nosso Deus, que libertaste o teu povo e o saciaste no deserto. Olha com bondade para os filhos reunidos em teu nome e dá-nos o pão de cada dia. Guia-nos pelas estradas do mundo com a luz dos teus mandamentos, até ao banquete do teu Reino. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amen.
Todos fazem o sinal da cruz, enquanto o/a Guia conclui:
G. Em nome do Pai…
Se a oração se faz noutros momentos, pode terminar com esta Bênção, dita pelo(a) Guia, enquanto todos se benzem fazendo o sinal da cruz:
G. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Amen.
Louvavelmente, os pais abençoarão os filhos impondo a mão direita sobre as suas cabeças ou com outro gesto, segundo o costume. Os filhos, agradecidos, poderão beijar a mão de quem os abençoa.
2º Domingo da Quaresma
A família pode reunir-se à volta da mesa, antes da refeição, ou junto do cantinho da oração.
Cântico – “Caminharei na terra dos vivos na presença do Senhor”
Pode cantar-se outro cântico conhecido pela família, próprio desta quadra (ou que tenha por tema a família e a sua unidade).
Em alternativa, um dos membros da família poderá declamar o hino que se segue que poderá também ser recitado por todos os presentes, divididos em dois grupos, alternando as estrofes:
Sobe Cristo ao Tabor,
Com Pedro, com Tiago e com João
E entra na alegria e no esplendor
Da Transfiguração.
Seu rosto se ilumina
E fala com Moisés e com Elias.
Renovam-se na sua luz divina
A lei e as profecias.
Tudo é glória no céu.
Nunca se viu mais refulgente brilho.
“Eis o meu Bem-Amado – disse Deus –
Escutai o meu Filho”.
Suspenso da visão,
Que torna Deus presente à vida humana,
Exulte o amor de cada coração:
Louvor a Vós! Hossana!
Durante o canto ou o hino, o elemento mais novo da família, se já for capaz, acende uma vela. Em seguida, todos fazem o sinal da cruz enquanto o/a Guia diz:
Introdução
G. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amen.
G. Celebrastes connosco, Senhor, uma aliança eterna.
R. Renovamos, hoje, o nosso sim!
Invocação (recitada alternadamente pela família, dividida em 2 grupos)
A Se Deus está por nós, quem estará contra nós?
B Como não havia Deus de nos dar, com Jesus, todas as coisas?
A Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor.
B Bendito sejais para sempre.
Evangelho
G. Escutemos o santo Evangelho de nosso Jesus Cristo segundo Marcos (9, 2.4-7)
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».
Palavra da Salvação.
R. Glória a Vós, Senhor!
Reflexão (facultativa) Os filhos perguntam e os pais respondem.
– Porque terá Jesus subido a um alto monte?
Foi num monte que Deus aceitou o sacrifício de Abraão e Isaac, salvando o filho da promessa e futuro da Aliança; no monte Sinai foi celebrada a aliança com o seu Povo libertado do Egito; a esse monte regressou Elias, para revalidar essa Aliança…
– E que significa a nuvem?
A nuvem, que nos envolve e não se deixa agarrar, indica a presença de Deus, próximo e transcendente: era na nuvem que Deus manifestava a sua presença, quando conduzia o seu Povo através do deserto.
– Que representam Moisés e Elias?
Moisés e Elias, depois de uma quaresma rigorosa, experimentaram a proximidade de Deus que deu a Lei ao seu povo (Moisés) e revalidou a Aliança esquecida (Elias). Na Transfiguração eles puderam, finalmente, contemplar o rosto de Deus na face transfigurada do seu filho muito amado, Jesus.
– Qual é a principal mensagem deste texto?
A mensagem fundamental é que Jesus é o Filho amado de Deus, a quem devemos escutar e seguir para participarmos do seu triunfo pascal.
Responsório Breve
G. Vós aproximastes-vos de Jesus, Mediador da Nova Aliança.
R. Não recuseis ouvir Aquele que vos fala.
G. Quem dera ouvísseis hoje a sua voz: Não endureçais os vossos corações.
R. Não recuseis ouvir Aquele que vos fala.
G. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!
R. Não recuseis ouvir Aquele que vos fala.
Louvor e gratidão (um membro da família lê a primeira parte e todos respondem):
Porque nos deste a Lei e os Profetas para guiar o Teu povo
– nós Te louvamos, Senhor.
Porque enviaste o teu Filho muito amado como nova e eterna Aliança
– nós Te louvamos, Senhor.
Porque somos uma família que vive e transmite a fé de geração em geração
– nós Te louvamos, Senhor.
G. Porque somos filhos muito amados, rezemos ao Pai, por Cristo, no Espírito:
Pai Nosso...
Atividade
1. Retirar da arca o papiro que revela o tesouro que vamos valorizar ao longo da semana: as nossas raízes.
2. Renovar o compromisso de viver a fé em família e de a transmitir de geração em geração.
3. Ver num álbum familiar fotografias dos avós (bisavós, etc.) que nos transmitiram, com a vida, a herança preciosa da fé. Ver quem se parece com quem. Deixar esse álbum no cantinho da oração.
4. Para os mais jovens: fazer a árvore genealógica da família (com fotos, cópias de registos de nascimento e matrimónio…), abrangendo várias gerações.
5. Colocar, junto da cruz, uma imagem (ícone) da Transfiguração de Jesus.
Bênção
Se a oração se faz antes da refeição, pode terminar com esta Bênção:
G. Bendito sejas, ó Pai, que nos abençoas com esta refeição que vamos partilhar. Que ela seja para nós sinal de aliança contigo e da unidade da nossa família. Torna--nos cada vez mais atentos uns aos outros e a todos os irmãos.
Todos fazem o sinal da cruz, enquanto o/a Guia conclui:
G. Em nome do Pai…
Se a oração se faz noutros momentos, pode terminar com esta Bênção, dita pelo(a) Guia, enquanto todos se benzem fazendo o sinal da cruz:
G. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Amen.
Louvavelmente, os pais abençoarão os filhos impondo a mão direita sobre as suas cabeças ou com outro gesto, segundo o costume. Os filhos, agradecidos, poderão beijar a mão de quem os abençoa.
1º Domingo da Quaresma
Pode cantar-se um cântico próprio desta quadra (ou que tenha por tema a família e a sua unidade), à escolha de cada família. O elemento mais novo da família, se já for capaz, acende uma vela.
Em seguida, todos fazem o sinal da cruz enquanto o/a Guia diz:
Introdução
G. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amen.
G. Celebrastes connosco, Senhor, uma aliança eterna.
R. Renovamos, hoje, o nosso sim!
Invocação
Sugerimos a recitação alternada, entre os membros da família (por ex., de cada lado da mesa; pais e filhos, etc.)
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Orientai os humildes na justiça
e dai-lhes a conhecer a vossa aliança.
G Escutemos agora a Leitura do Livro do Génesis (Gn 9,8-15).
Deus disse a Noé e a seus filhos: «Estabelecerei a minha aliança convosco, com a vossa descendência e com todos os seres vivos que vos acompanham: as aves, os animais domésticos, os animais selvagens que estão convosco, todos quantos saíram da arca e agora vivem na terra.
Palavra do Senhor.
Reflexão
Onde for possível, os filhos perguntam e os pais respondem.
– A que acontecimento bíblico se refere este texto?
O texto refere-se ao final do dilúvio do qual só se salvou a família de Noé, «confinada» numa arca que foi a sua casa durante 40 dias. (Pode contar a história…)
– Com quem e porquê Deus estabeleceu uma aliança?
Deus celebrou a aliança com toda a humanidade e com toda a criação. Uma aliança de paz simbolizada no arco-íris. Uma aliança que recorda o amor de Deus e convida o ser humano a acolher esse amor e a participar no Seu projeto: a recriação de uma «Nova Humanidade» enraizada n’Ele, onde reine o amor, a justiça, a vida em plenitude…
– Que representa a arca?
A arca permite à família de Noé «ficar de fora do modelo de vida violento e irresponsável dos seus contemporâneos».
– Que significado têm para a nossa família essa Arca e essa antiga Aliança, nestes tempos difíceis de confinamento?
Dialogar… (Como acolhemos o amor de Deus na nossa casa – a nossa «Arca» –, onde estamos de quarentena e nos abrigamos dos perigos de contágio da pandemia? Como participamos no Seu projeto? Como queremos viver esta outra «quarentena» que é a Quaresma?)
LOUVOR e GRATIDÃO
Cada membro da família é convidado a dirigir a Deus um louvor, um agradecimento pelo Seu amor e pela Sua presença, pela beleza e riqueza do universo, pela vida da família… Após duas expressões de gratidão todos respondem:
Pai, obrigado pelo vosso amor para connosco.
– Pai, obrigado por…
Preces, Súplica
Cada membro da família é convidado a dirigir a Deus uma súplica recordando as necessidades da Igreja, dos seres humanos, do planeta, da família… Após duas expressões de súplica todos respondem:
Pai, abençoai-nos e orientai o nosso coração e as nossas ações.
– Pai, pedimos por…
G. Porque desejamos acolher o Deus que nos liberta e nos preparar para a Celebração da Páscoa, rezemos:
Pai Nosso…
Atividade
1. Preparar o cantinho da oração. Fazer e colocar lá uma arca e uma cruz. Dentro da arca, os papiros (rolos).
2. Construir uma arca e, neste primeiro domingo, retirar um papiro que revela o tesouro que vamos valorizar, especialmente (a nossa casa), ao longo da semana.
3. Escolher um objeto que simbolize o tesouro da semana e colocá-lo junto da arca, no cantinho da oração
(propõe-se colocar um globo ou um vaso com sementes).
Bênção
Se a oração se faz antes da refeição, pode terminar com esta Bênção
G. Nós vos agradecemos, ó Pai, estes alimentos que amorosamente nos concedeis, fruto da natureza e do trabalho humano. Que eles nos deem forças para sermos fiéis à vossa aliança e construtores de um mundo novo. Abençoai-nos e protegei-nos, ó Pai. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amen.
Todos fazem o sinal da cruz, enquanto o/a Guia conclui:
G. Em nome do Pai…
Se a oração se faz noutros momentos, pode terminar com esta Bênção, dita pelo(a) Guia, enquanto todos se benzem fazendo o sinal da cruz:
G. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Amen.
Louvavelmente, os pais abençoarão os filhos impondo a mão direita sobre as suas cabeças ou com outro gesto, segundo o costume.
Os filhos, agradecidos, poderão beijar a mão de quem os abençoa.
REFLEXÕES QUARESMAIS
Sendo os bispos os primeiros responsáveis pela fé, este ano, eu mesmo e os senhores bispos auxiliares, vamos orientar pequenas reflexões ao logo de toda a quaresma.
Será às sextas-feiras, dia que especialmente nos lembra a morte do Senhor, às 21h30. Será a jeito de uma conversa de família e não no sentido das tradicionais “conferências”.
Serão transmitidas pelas redes sociais da Diocese.
Convido todos os cristãos diocesanos a unirmo-nos nesta formação da fé.
(D. Manuel Linda)
2021 – CELEBRAÇÃO DAS CINZAS EM FAMÍLIA
Os quatro dias até ao Primeiro Domingo da Quaresma (foi necessário vir buscar estes quatro dias para se completarem os 40 dias de penitência até chegarmos ao Domingo de Páscoa – os domingos não contam como dias penitenciais) são todos referidos às Cinzas, e não apenas a Quarta-Feira. Por isso, tendo em conta que não é possível participar presencialmente na Celebração das Cinzas, sugerimos que se realize em família este rito, de forma breve. Porque é um rito que pode ser importante para marcar o início do caminho quaresmal para a Páscoa; e porque pode ser uma boa oportunidade para ‘explicar’, sobretudo aos mais novos, qual o significado e importância desse gesto, para alguns certamente um tanto estranho.
Para isso, basta ir à igreja, levar uma pequena taça/recipiente e trazer uma pequena porção das Cinzas benzidas na celebração de Quarta-Feira. Depois, em casa, é só escolher um momento – se possível junto do ‘Cantinho da Oração’ e fazer a celebração que se segue.
Um dos membros da família faz de Guia da Oração.
Guia: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Ámen.
Guia: Para assinalar o forte convite à conversão, comecemos de joelhos, diante da Cruz do Senhor. Recordemos Jesus, que Se rebaixou a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz, para nos renovar a todos por meio da sua Páscoa gloriosa.
Porque será que a Igreja escolhe este gesto da imposição das cinzas para começar a Quaresma?
Talvez esta situação de pandemia que estamos a viver nos ajude a compreender. Uma das coisas que a pandemia nos mostra é precisamente a nossa fragilidade. Ora, as Cinzas que voam ao vento e resultam de madeira queimada pelo fogo, são precisamente o sinal dessa nossa fragilidade. Quer dizer, por nós mesmos não temos a força necessária para vivermos perfeitamente a nossa vocação de filhos e filhas de Deus, o nosso Baptismo. Somos pecadores. O pecado também é um sinal da nossa fragilidade. Por isso, precisamos da força da graça/do amor de Deus. A Quaresma é o tempo oportuno e favorável para estarmos mais atentos à Palavra de Deus e para nos voltarmos mais para Ele na oração. É isso a Conversão: caminharmos para Deus, amando os irmãos e irmãs.
Então, receber as Cinzas é tomar consciência das nossas fragilidades e tomar a decisão de abrir o coração à acção da graça de Deus.
Oremos
Bendito sejas, Senhor pelo teu amor.
A imposição das cinzas lembra-nos que é a Ti que nós devemos a vida, esta vida que vivemos agora na Terra, mas também a vida que viveremos, um dia, no Céu, no teu Coração para sempre. Foi para nos dar essa via eterna que Jesus derramou o seu Sangue por nós, na Cruz. Ele é o Cordeiro da Nova Aliança, a Aliança iniciada por Ti, desde a criação do mundo. Por Ele nós sabemos que o teu amor nunca nos abandona. Também nós queremos que o nosso amor para contigo seja fiel. Por Jesus Cristo, nosso Salvador, que é Deus contigo na unidade do Espírito Santo.
Um membro da família diz: Escutemos agora aquelas palavras de Jesus que nos lembram as três atitudes mais importantes da Quaresma: Oração, Jejum e Esmola.
São do Evangelho segundo São Mateus (6,1-6.16-18)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo;
Quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo;
Quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa».
Palavra da salvação.
Pode fazer-se um breve momento de silêncio ou dialogar sobre o que cada um ou a família pode fazer para pôr em prática as palavras de Jesus. Depois segue-se o
Rito da Imposição das Cinzas:
O (A) Guia da oração coloca as cinzas na fronte ou na cabeça de cada um e diz:
Guia: Converte-te e acredita no Evangelho!
Cada um dos presentes responde:
Senhor, faz-me fiel à tua Aliança.
E pode dar-se um beijo na Cruz.
No final, um dos membros da família impõe as cinzas ao Guia.
Depois, podia colocar-se aquela que vai ser a Arca da Aliança no Cantinho da Oração e assumir o compromisso de fazerem a Dinâmica quaresmal, dizendo:
Todos juntos, na arca da Aliança.
Para terminar, rezar o Pai-nosso.
Guia: Oremos:
Senhor, Tu convidas-nos a voltar para Ti o nosso coração. Obrigado pelo Teu amor. Dá-nos a Tua força para caminharmos com Cristo até à Páscoa. Ele que é Deus contigo na unidade do Espírito Santo.
Abençoe-nos Deus todo-poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Ámen.
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