A Fé acreditada e celebrada tem de ser testemunhada: "Vede como eles se amam" continua a ser o mais belo e eficaz testemunho evangelizador dos cristãos. O testemunho da Caridade (cuidado para não confundir com 'dar a esmola' aos pobrezinhos) é a pedra de toque - é o 'teste do algodão' - da nossa Fé. Só uma vida - a de cada um de nós - transformada pela graça e pela força do Espírito conseguirá 'falar' de Cristo e levar até Cristo. Segundo o papa Francisco, esta tem de merecer uma especial atenção e cuidado das comunidades cristãs. É uma das prioridades do nosso Ano Pastoral.
RECOLHA DE ALIMENTOS E BRINQUEDOS...
Ainda ligado ao Dia Mundial dos Pobres, mas já a pensar no Natal de todos, lembramos a recolha de bens (mercearia, enlatados, produtos de higiene e de limpeza…) e de brinquedos, livros, jogos…
Para além das mercearias e minimercados que se associaram a esta iniciativa, nos passados dias 20 e 21 foi efetuada a recolha no Pingo Doce.
Clique para ver os resultados da recolha, no Pingo Doce.
No fim de semana 27 e 28 de Novembro esta campanha tem lugar nas Eucaristias celebradas na paróquia de Esmoriz.
Quem quiser participar pode fazê-lo levando a sua oferta para colocar nos cestos junto às entradas dos três espaços de culto:
- Igreja de Gondezende (Eucaristia sábado 18h30);
- Igreja da Praia (Eucaristia Domingo 9h30);
- Igreja Matriz (Eucaristias sábado 17h00 - Domingo 8h00 e 11h00).
Dia Internacional da Caridade
“PARA ALGUÉM SER BOM, TEM DE O SER PARA OUTRA PESSOA.”
Joan Chittister
As Nações Unidas (ONU) criaram o Dia Internacional da Caridade, que se celebra todos os anos a 5 de Setembro. É igualmente nesta data que se celebra liturgicamente Santa Teresa de Calcutá. Este ano a Administração Postal das Nações Unidas lançaram selos em homenagem a Madre Teresa com a seguinte mensagem: “Nem todos nós podemos fazer coisas grandiosas. Mas todos podemos fazer pequenas coisas com muito amor.”
Madre Teresa foi uma freira e missionária, nascida na Macedônia do Norte, em 1910, com família de origem albanesa. Aos 12 anos, sentiu o chamamento para se tornar missionária. Seis anos depois, chegava à Índia, onde se dedicou a ajudar os mais necessitados. Em 1948, Madre Teresa tornou-se cidadã do país e fundou a Ordem das Missionárias da Caridade, que ficou reconhecida pelo trabalho entre os mais pobres e doentes da cidade. Madre Teresa ajudou, durante mais de 45 anos, os doentes, órfãos, pobres e pessoas que estavam a morrer. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1979 e morreu aos 87 anos, em 5 de setembro de 1997.
No início de um novo ano pastoral nada melhor que o exemplo e testemunho de uma figura única da humanidade. E de nos deixarmos interpelar pela sua ação, no sentido de mudarmos a nossa ação.
“A coragem pode ser uma virtude escondida. A fé pode ser pessoal. Contudo, a bondade é um traço de carácter que ninguém pode praticar sozinho, na solitude. A bondade requer uma postura pública. Para alguém ser bom, tem de o ser para outra pessoa. E o mais crucial para a natureza da bondade talvez seja o facto de que não optar – não se deixar envolver, não decidir, não se incomodar – é a opção mais grave de todas.” (Joan Chittister – religiosa beneditina norte-americana).
A Pastoral da Caridade vem lançar o desafio a todos aqueles e aquelas que se lhe queiram juntar, envolvendo-se na criação de respostas, à luz do Evangelho, às mais diversas situações de sofrimento, na paróquia de Santa Maria de Esmoriz.
Esperámos por ti no seguinte endereço: caridade@paroquiadeesmoriz.pt
«A urgência de uma pastoral da fragilidade e do cuidado»
Conferência transmitida pela Rádio Voz de Esmoriz em parceria com a nossa paróquia.
«A urgência de uma pastoral da fragilidade e do cuidado » em conferência no CCC.
Na noite de 9 de fevereiro realizou-se por meios telemáticos a conferência «A urgência de uma pastoral da fragilidade e do cuidado», proferida pelo P. José Nuno Ferreira da Silva, assistente do Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde e capelão do Santuário de Fátima, no âmbito do ciclo «Todos família, todos irmãos», organizado pelo Centro de Cultura Católica e pelo Diaconado Permanente da Diocese do Porto. À organização desta sessão associou-se também o Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde, na proximidade da celebração do Dia Mundial do Doente, também desta forma assinalado ao nível diocesano.
A sessão foi muito participada. Contaram-se cerca de 250 dispositivos informáticos ligados durante a conferência, a que correspondiam uma ou mais pessoas.
Depois da abertura da sessão pelo P. Adélio Abreu, diretor do Centro, que teve a oportunidade de a enquadrar no Plano Diocesano de Pastoral e no contexto do Dia Mundial do Doente, e de apresentar o conferencista, o P. José Nuno tomou a palavra para a sua apresentação, desdobrada em três pontos. No primeiro, tratou da «fragilidade, a máscara que nos desmascara». No segundo, aludiu a algumas referências magisteriais da pastoral do cuidado. Finalizou com a abordagem específica da urgência de uma pastoral da fragilidade e do cuidado, detalhando duas linhas essenciais para a sua concretização: a interioridade e a proximidade.
Concluída a intervenção, proporcionaram-se ainda uns largos minutos de diálogo, a partir das perguntas e observações dos participantes. O P. José Nuno teve então oportunidade de se deter novamente sobre a fragilidade, a interioridade e a proximidade, na referência ao contexto que estamos a viver, proporcionado pela pandemia. Alargou ainda a sua reflexão a outros temas suscitados pelos participantes, como o luto ou a eutanásia.
No termo da sessão, tomou a palavra a Dr.ª Maria do Rosário Rodrigues, presidente do Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde, para saudar os participantes e enquadrar a sessão no contexto da celebração diocesana do Dia Mundial do Doente.
A próxima conferência do ciclo realiza-se a 11 de maio, às 21 h. Jorge Teixeira da Cunha, professor de Teologia Moral na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, refletirá sobre o tema «Viventes na casa comum».
Dia Mundial do Doente
Bispo do Porto dirige carta aos doentes e aos que cuidam deles.
Nas vésperas do Dia Mundial do Doente, D. Manuel Linda dirige uma carta a todos as pessoas que se encontram a viver momentos de dificuldade devido à doença. Uma mensagem dedicada também aos cuidadores dos doentes. Voz Portucalense publica na íntegra.
Irmã e irmão doente,
um dos pontos de honra da Igreja é reconhecer a todos uma igual dignidade. Para nós, não há importantes e descartáveis, valiosos a promover e desprezíveis a rejeitar, como faz uma certa cultura e determinados setores que a adotam. E se reconhecemos essa igual importância, dedicamos especial esforço a «promover» aqueles a quem as circunstâncias da vida colocaram em situação de maior fragilidade.
Por isto, para além de tudo o que os nossos organismos fazem pelos mais débeis, a Igreja criou uma data que vos é especificamente dirigida: o Dia Mundial do Doente, celebrado a 11 de fevereiro. Não é só para vos «lembrar», pois temo-vos presentes na nossa mente todos os dias do ano. Criamos o «Dia» para recordar que a doença faz parte da nossa natureza biológica, que todos somos reais ou potenciais doentes, que as pessoas se humanizam quando fazem suas as dores dos outros, que a condição humana é a de cuidar, enfim, que a cura acontece com muito saber humano e recurso a muitas técnicas, mas com não menor dedicação, empatia e carinho.
Por isso, com esta jornada, pensamos em vós e em todos. A vós, desejamos pronta recuperação, muito ânimo e muita esperança, conforto e acompanhamento solícito por parte daqueles que fazem parte do vosso leque de relações, especialmente a família direta. E se sois crentes, que tomeis consciência de que é com sacrifício que acontecem as grandes realizações humanas, que ofereçais as vossas dores como direta participação na obra redentora de Cristo, que façais oração a partir do sofrimento.
À sociedade, em geral, e aos que trabalham no setor da saúde, em particular, queremos agradecer a solicitude e o muito que já realizou para minimizar a dor e fomentar o que se convencionou chamar “qualidade de vida”. Contudo, também pedimos que não se desista de conseguir mais. Mais em tudo: nos recursos humanos e materiais, no aperfeiçoamento do sistema, no investimento prioritário, etc. Mas, fundamentalmente, na humanização, na ternura, na consciência global de que a saúde é o estado de bem-estar completo, no qual não podem estar ausentes as dimensões relacionais, afetivas, éticas, espirituais e religiosas.
Enfim, que todos se convençam que jamais haverá efetiva “qualidade de vida” sem a crença e a promoção de uma real “santidade de vida”. Só assumindo esta se encontra motivação para fazer o que houver a fazer pela outra. E, infelizmente, não são muitos os que descobrem isto, como se confirmou há poucos dias.
Rezo por vós e invoco de Deus a sua bênção sanante. Rezai também por mim.
Vosso bispo e irmão,
+ Manuel, Bispo do Porto
Dia Mundial do Pobre
Por vontade reiterada do papa Francisco, o penúltimo do Ano Litúrgico, este ano o próximo Domingo, é o Dia Mundial dos Pobres. O desejo do papa é que sejamos cada vez mais capazes de ‘estender a mão ao pobre’, como diz na Mensagem para este ano. Somos todos irmãos e não podemos passar indiferentes ao lado dos que mais sofrem. Sempre, e ainda mais nos tempos difíceis que estamos a viver.
Na nossa paróquia, o Serviço da Caridade tinha pensado algumas acções à volta deste dia. Infelizmente, não vai ser possível fazer acontecer nenhuma delas, por causa da pandemia. Mas há uma que manteremos: as ofertas que recolhermos nas celebrações do próximo Domingo serão para a Conferência Vicentina.
Mensagem do Santo Padre Francisco para o IV Dia Mundial dos Pobres
ESTENDE A TUA MÃO AO POBRE
«Estende a tua mão ao pobre»: a sabedoria antiga dispôs estas palavras como um código sacro que se deve seguir na vida. Hoje ressoam com toda a densidade do seu significado para nos ajudar, também a nós, a concentrar o olhar no essencial e superar as barreiras da indiferença. A pobreza assume sempre rostos diferentes, que exigem atenção a cada condição particular: em cada uma destas, podemos encontrar o Senhor Jesus, que revelou estar presente nos seus irmãos mais frágeis.
É com estas palavras que o Papa Francisco abre a sua mensagem para o IV Dia Mundial dos Pobres, que se celebra no próximo dia 15 de Novembro. Destas palavras introdutórias destacam-se seis que perpassam por toda a mensagem e nos querem conduzir a uma nova atitude.
OLHAR – Com este sentido é possível trazer o mundo de fora para dentro, apreender as cores, as formas, a profundidade... Mas se insistirmos em focar o olhar no nosso umbigo muito dificilmente nos iremos aperceber da existência e da presença do outro, do outro diferente de mim, do outro que precisa de mim.
ROSTOS – Esse outro tem um rosto, é uma pessoa de igual dignidade quanto eu. E se esse rosto se expressa no plural, não quer reduzir todos a uma massa informe e impessoal; antes pelo contrário, quer traduzir a diversidade de fragilidades que assolam a maior parte da população humana: falta de saúde, ausência de afeto, privação de bens essenciais, dependências destrutivas, pouco ou nenhum acesso à educação, entre tantas outras...
POBRE – Tantas fragilidades que cabem numa palavra só: pobreza! Ser pobre não é uma fatalidade nem um crime, e muito menos destino; ser pobre não é uma questão de azar ou de castigo. A pobreza não resulta dos pobres, mas daqueles que pautam a sua vida pelo egoísmo, pela ganância e pelo individualismo, independentemente se têm muito ou pouco.
INDIFERENÇA – Talvez a maior causa para a pobreza seja mesmo a indiferença de tantos e tantos de nós. A indiferença do nosso olhar para os rostos que nos rodeiam. Rostos que nos estão tão próximos, quem sabe mesmo em nossa casa, e no entanto tão distantes....
MÃO – E se o olhar leva o mundo de fora para dentro, a mão traz para fora o mundo que trazemos cá dentro. Um mundo que se quer de afagos e abraços, de cuidados e canseiras, sem nunca desviar o olhar do bem comum, isto é, do bem de todos.
ESTENDER - Um olhar que vê o outro nas suas circunstâncias e que impele à ação: estender-lhe a mão!
Podes fazê-lo de múltiplas maneiras, quer pela partilha de bens ou pela partilha de serviço e de voluntariado, junto daqueles que conheces, que te estão próximo, e que precisam de algum tipo de ajuda. Ou através das inúmeras associações e movimentos que focam a sua ação junto dos mais frágeis. Listam-se aqui algumas, a escolha é sempre tua. Como tua é também a opção de estenderes a mão aos pobres.
* Conferência de São Vicente de Paulo
* Banco Alimentar Contra a Fome
* Liga Portuguesa Contra o Cancro
* Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS)
* Fundação Fé e Cooperação (FEC)
* ...
«Estender a mão é um sinal: um sinal que apela imediatamente à proximidade, à solidariedade, ao amor. (...) Não nos improvisamos instrumentos de misericórdia. Requer-se um treino diário, que parte da consciência de quanto nós próprios, em primeiro lugar, precisamos de uma mão estendida em nosso favor. (...) «Estende a mão ao pobre» é, pois, um convite à responsabilidade, sob forma de empenho direto, de quem se sente parte do mesmo destino.
Testemunhos
Pastoral da Caridade
O outro é um outro eu
O lema pastoral com que nos desafio o nosso bispo D. Manuel Linda – Todos família. Todos irmãos. – conduz-nos forçosamente para os temas da fraternidade, da solidariedade, da caridade.
1. PATAMARES DA SOLIDARIEDADE
A solidariedade pode-se estruturar em quatro patamares:
1. A solidariedade básica ou familiar, que se verifica nas relações familiares, de vizinhança, de amizade, noutras relações semelhantes e nos grupos de voluntariado social que emanam delas.
2. A solidariedade intermédia ou institucional, que se verifica nas associações e fundações, com realce para as instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
3. A solidariedade estatal ou pública, que se verifica no Estado central, nas regiões autónomas e nas autarquias locais.
4. O quarto patamar da solidariedade apresenta-se como a União Europeia ao enfrentar desafios como o acolhimento de refugiados e migrantes, as desigualdades sociais e a erradicação da pobreza, entre outros.
Qualquer antagonismo entre estes quatro patamares de solidariedade é perfeitamente dispensável, já que todos devem convergir para o bem de cada pessoa e para o bem comum.
2. PASTORAL DE PROXIMIDADE
O Catecismo da Igreja Católica, no seu capítulo dedicado à comunidade humana, diz-nos o seguinte:
“O respeito da pessoa humana passa pelo respeito do princípio: «Que cada um considere o seu próximo, sem qualquer exceção, como “outro ele mesmo”, e zele, antes de mais, pela sua existência e meios que lhe são necessários para viver dignamente» (GS 27,1). Nenhuma legislação será capaz, por si mesma, de fazer desaparecer os temores, os preconceitos, as atitudes de orgulho e egoísmo que são obstáculo ao estabelecimento de sociedades verdadeiramente fraternas. Tais atitudes só desaparecem com a caridade, que vê em cada homem um “próximo”, um irmão.
O dever de nos fazermos o “próximo” do outro, e de o servir ativamente, é tanto mais premente quanto esse outro está mais indefeso, seja em que domínio for. «Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40).”
É esta pastoral de proximidade que queremos promover: favorecer, suscitar e alimentar o sentido da responsabilidade pessoal da caridade e da justiça. Até porque “uma primeira razão da caridade é que o outro é precisamente um outro eu: a sua história não é alheia à minha.” (A Caridade dá que fazer, Luciano Manicardi)
3. OBJETIVOS DA PASTORAL DA CARIDADE
Importa definir horizontes que nos orientem no nosso percurso e nos façam elevar o olhar e dar sentido ao caminho que queremos percorrer. Esses horizontes consubstanciam-se nos seguintes objetivos:
1. Envolver todos os batizados, toda a comunidade paroquial, como grande família de irmãos, na ação sociocaritativa.
1.1 Sensibilizar para a prática da caridade como imperativo evangélico.
1.2 Promover um conjunto de ações abertas à participação de todos os batizados conforme a sua aptidão.
2. Estar ao serviço da grande comunidade (cidade) junto dos mais frágeis.
2.1 Acolher todos aqueles da grande comunidade (cidade) que queiram servir os mais frágeis.
2.2 Promover um conjunto de ações abertas à participação de todos os cidadãos.
2.3 Estabelecer redes de cooperação com instituições e organismos na área da assistência aos mais frágeis.
3. Fazer uso dos meios de comunicação, com particular incidência nos recursos digitais, na promoção da prática sociocaritativa.
3.1 Aproveitar os recursos digitais para chegar mais próximo daqueles que, em virtude da sua circunstância, se encontram mais distantes.
3.2 Divulgar informação, de forma regular e frequente, sobre a ação sociocaritativa transversal a todos.
4. ÉS BEM-VINDO/A
E terminamos tal como começamos, com palavras do nosso bispo D. Manuel Linda: “Todos somos frágeis, necessários e importantes. Todos precisamos de todos. Ninguém se salva sozinho.”
Cada um de nós tem algo que possa colocar ao serviço do outro: um tempo do seu quotidiano, um talento que o distingue, um recurso de que dispõe... O desafio é o de te juntares a nós e o partilhares em favor dos mais frágeis. Podes fazê-lo através do endereço eletrónico caridade@paroquiadeesmoriz.pt
Torna-te próximo!
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