58º Semana Mundial das Vocações
“São José: o sonho da vocação”
No ano dedicado a São José, pelo 150º aniversário da sua declaração como Padroeiro da Igreja universal, a Semana Mundial das Vocações (18 de abril a 25 de abril), inspirada nele, intitula-se: o sonho da vocação. Deus vê o coração (cf. 1 Sam 16, 7) e, em São José, reconheceu um coração de pai, capaz de dar e gerar vida no dia a dia. É isto mesmo que as vocações tendem a fazer: gerar e regenerar vidas todos os dias.
Ao analisarmos o percurso de vida de São José, surgem-nos três palavras-chave para a vocação de cada um. Em primeiro lugar, o Sonho. Todas as pessoas sonham sobre as expectativas da sua vida, mas a palavra que traduz todos os sonhos é, sem dúvida, amor. É o amor que dá sentido à vida, porque revela o seu mistério. O mesmo se passa com a nossa vocação: Deus não gosta de Se revelar de forma espetacular, forçando a nossa liberdade. Transmite-nos os seus projetos com mansidão; não nos ofusca com visões esplendorosas, mas dirige-Se delicadamente à nossa interioridade, entrando no nosso íntimo e falando-nos através dos nossos pensamentos e sentimentos. Na realidade, os sonhos introduzem-nos dúvidas, medos e desafios. Só nos abandonando confiadamente à graça, deixando de lado os próprios programas e comodidades, é que se diz verdadeiramente «sim» a Deus. E cada «sim» produz fruto, porque adere a um desígnio maior.
A segunda palavra referente ao itinerário da vida de São José é o Serviço (expressão concreta do dom de si mesmo). Esta é também uma palavra fundamental na vocação que se deve tornar regra da vida diária. «Toda a verdadeira vocação nasce do dom de si mesmo, que é a maturação do simples sacrifício. Mesmo no sacerdócio e na vida consagrada, requer-se este género de maturidade. Quando uma vocação matrimonial, celibatária ou virginal não chega à maturação do dom de si mesmo, detendo-se apenas na lógica do sacrifício, então, em vez de significar a beleza e a alegria do amor, corre o risco de exprimir infelicidade, tristeza e frustração». Por isto, na vocação é fundamental a fidelidade e a total disponibilidade de servir, tal como São José fez na dedicação total à sua família.
A terceira palavra é Fidelidade. São José era um homem justo. A vocação, tal como a vida, só amadurece através da fidelidade de cada dia. Esta fidelidade é o segredo da alegria, uma alegria diária e transparente na simplicidade, a alegria da proximidade fiel a Deus e ao próximo.
O cuidado atento e solícito é o sinal duma vocação realizada. Era importante que a mesma atmosfera simples e radiosa, sóbria e esperançosa, permeasse os nossos seminários, os nossos institutos religiosos e as nossas residências paroquiais! Será que nós também já pensamos como reagiríamos se fôssemos interpelados por um sonho/chamamento de Deus para o servir? Deixemos os medos, receios e angústias e sigamos os desígnios e pensamentos que Deus tem para nós!
Junta-te a nós…e vem servir, alegremente, o Senhor, nos diferentes serviços da nossa Paróquia.
André Seixas
Responsável pela Pastoral (pro) Vocacional
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